quinta-feira, dezembro 22, 2011

Só eu sei o quanto doeu ver a melhor coisa do mundo indo embora, sem olhar pra trás, sem se despedir..

sexta-feira, dezembro 09, 2011


Eu nunca tinha reparado quão curioso é um laço... uma fita dando voltas? Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento?Como um pedaço de fita? Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor é isso... Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

quinta-feira, julho 21, 2011

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia, qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.

Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar,,. de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."

quarta-feira, maio 25, 2011

Desabafo.


E sabe aquela falta que não adianta você espernear que não vai poder ter de volta? Que um drama que você faça não vai mudar nada, que você nem pode fazer nada, nem correr atrás, mandar mensagem dizendo que tá com saudade pra ver se cola e ele voltar a te ligar, dói porque você não tem pra onde mandar essa mensagem, você nem tem idéia de como ele tá, se tá bem, onde está, você simplesmente tem que aceitar o fato de que uma das pessoas mais importantes da sua vida a partir de agora está ausente, sumiu. É.. tem que simplesmente aceitar, e ainda aturar pessoas dizendo que não tô sozinha, que ele está comigo.. onde mesmo? no meu coração é uma presença eterna, mas a qual não basta, queria comigo, coladinho, preu enxer de beijo e dizer o quanto amo!
Nós passamos por problemas que fazem com que a gente amadureça e dê importância ao que realmente tem importância, podem me chamar de fria o quanto quiserem, não me abalo nem dou asas a tristeza por pouca coisa, com pouco motivo! Ultimamente passei a achar os problemas das pessoas uma coisa tão pouca no quesito ' problema ', as pessoas se importam com muito pouco, dão valor a muita coisa que não merece e sabe o pior? elas sofrem por essas pequenas coisas..
Eterna Saudade
(Lahirí Galvão)

"Às vezes pensam
que papai está tão longe
e com boa intenção
tentam me consolar
de uma eterna saudade
guarnecida em meu coração
absoluta como a verdade
não vem de antes nem depois
Não vai embora
Se quiser saber onde ele mora
Olhe pra mim
entre eu e meu pai
é vida e o amor

Nada é por acaso
sinto alegria e dor
Igual ao fundo do oceano
é tão puro o eu te amo."

Obrigada, Lahirí!

quinta-feira, março 31, 2011

" Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode praver, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário...por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo." (Caio Abreu)

terça-feira, março 29, 2011


Nunca entendi e já desisti de tentar entender porque tanto sentimento bom..

Ele nunca teve o melhor beijo do mundo, muito menos o melhor sorriso, não era muito educado, nem tão carinhoso muito menos compreensivo, brigávamos quase todos os dias, mas também ríamos, quase nessa mesma frequência.. Nunca foi muito engraçado, nem alegre, muito menos maduro, pelo contrário, era de um sarcasmo, ironia e infantilidade tremenda que me fazia querer chegar e perguntar 'onde você pensa que vai chegar fazendo/falando essas coisas?', tinha uma personalidade que, quem tava de fora tinha pena de alguém que estava alí, ao seu lado, mas tudo isso sumia diante das pessoas que te conheciam, seu olhar transmitia a verdadeira personalidade, mostrava aquela pessoa sincera, doce, que esquecia a barreira criada pra se proteger do mundo, da realidade.. o que é a realidade pra você? algo que você é obrigado a viver ou algo que você escolhe e tenta viver?

Já desisti e nunca tentei entender porque tanto sentimento.

domingo, março 20, 2011


Era do cara que você gostava? *Referindo-se ao envelope em cima da mesa.*
— Era sim. Mas acontece que ele não me amava como eu esperava... Bom, o que estou tentando dizer é que eu entendo o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas do mundo e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. Não importa quantos penteados novos você fizer, ou em quantas academias entrar, ou ainda quantas taças de frisante você tomar com as amigas, você ainda vai pra cama, toda noite, pensando em cada detalhe, imaginando o que fez de errado, ou como pode ter interpretado mal, e como foi que por um breve momento, você achou que podia ser tão feliz. Às vezes você consegue até se convencer de que ele, num passe de mágica, irá ate à sua porta... e depois de tudo isso, demore o tempo que tenha que demorar, você vai para um lugar novo, vai conhecer pessoas novas que fazem você se valorizar e pedacinhos da sua alma vão finalmente voltar. E aquela época turva, aquele tempo ou a vida que você desperdiçou, tudo isso começa a se dissipar. ( O amor não tira férias.)

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Anjos na trilha

Poema: Lahirí Galvão


Por tanto tempo lhe procurei no meu lugar

até tentei forçar a barra e forcei

mas não adiantou você me expulsou

e outras portas da vida se abriram e abrirão

e tudo que vivemos é uma foto do passado

que há saudade, sentimentos na ladeira descendo

e cuidado com o risco de perder juízo


E não espere mais qualquer serenata

na surpresa emocionada

dos anjos na trilha

trazendo o som da madrugada



"Carolina G, o ponto incial desse poema"

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

' O ser humano é feito de costumes..
Nós nos acostumamos com a dor, com a ausência, com a presença, com mentiras, palavras vazias, com verdades por mais pesadas que sejam..
Nos acostumamos com as lembranças e a falta que isso nos faz, com a fome, com o excesso de comida, com a desigualdade, o preconceito..
A sociedade nos faz aceitar das coisas simples até as mais incômodas para que possamos fingir satisfação com tudo..
Nos acostumamos pra sobreviver, ou ao menos fingir viver.'

segunda-feira, janeiro 10, 2011


" Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar. Re-amar. Amar." (Caio F.)